Infinito Particular

"Eu não sou difícil de ler faça a sua parte, eu sou daqui eu não sou de Marte... Só não se perca ao entrar no meu Infinito Particular..." (Marisa Monte)

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quarta-feira, 24 de maio de 2006

Liberdade


Um dia estava assistindo um filme e escutei uma frase assim: "E preciso deixar aquele a quem se ama livre, se voltar é porque será seu para sempre, se não voltar é porque não era seu desde o princípio..." Fiquei apaixonada por essa frase, eu que sempre achei a liberdade o maior valor que o ser humano pode Ter... Pensar, agir e sentir por si mesmo... Poder experimentar a vida... Fiz dessa frase meu símbolo e minha verdade, afinal não foi o próprio Jesus que pregou a libertação para o seu povo???
Não! Na verdade não era isso que queria dizer, o que realmente preciso dizer é que a verdadeira liberdade é aquela que encontrei nos seus braços, a liberdade de poder ser amada verdadeiramente e de amar e ser eu mesma com todos os erros e imperfeições, liberdade de poder ser perfeita para você mesmo sendo tão imperfeita para mim... e de poder Ter-te comigo sempre... Liberdade de poder fazer opções que a maioria das pessoas não entendem e não me importar nem um pouco com isso... Liberdade para pedir desculpas pelos meus erros e enganos e por cada vez que te faço sofrer... Liberdade de renunciar aos meus desejos... aos meus vícios... Apenas para ser melhor para você.
Entendi agora, e me desculpe se demorei um pouco, o verdadeiro sentido da frase do filme. Para sentir-se livre não é preciso ir embora, mas sim libertar-se de si mesmo para poder dar ao outro o melhor que se tem... E então, mesmo achando muito pouco o que tenho e sentindo-me ainda uma borboleta presa ao casulo das imperfeições e do medo quero dizer-te que é preciso deixar aquele a quem se ama livre e se mesmo assim ele insistir em dividir essa liberdade com você é porque será seu para sempre... Sou, agora e para sempre livremente sua!

Vanêssa Ribeiro

Noite Cultural


No último sábado o Léo (meu esposo) e eu fomos a entrega de premios do concurso de poesia de Angra dos Reis em homenagem ao poeta Brasil dos Reis. Foi uma noite muito legal, principalmente poque tivemos a oportunidade de assistir a apresentação do Grupo de Música Antiga da UFF. Um verdadeiro espetáculo!!!!

O preço do Paraíso (metáfora de uma vi_da)


Penso em quanto se deve “pagar“ para chegar ao paraíso... Pessoas como São Francisco de Assis sentiram no corpo as marcas do próprio Jesus por ter merecimento do Paraíso celestial, Ora o próprio Jesus foi o paraíso na Terra e tomou para si todas as dores do mundo sem reclamar ou contestar os planos de Seu Pai. Então mesmo aqueles que o merecem sofrem para chegar ao paraíso divino. Por outro lado devem existir aqueles que se julgam merecedores do paraíso e o “tomam” para si. Imagino o quanto não devem pagar por ele... Há ainda aqueles que não se julgam dignos da eternidade do Bem e mesmo assim o recebem. Sofrem calados e carregam sua Cruz por mais pesada que seja. Algumas vezes imagino que céu e Inferno não são lugares diferentes até porque não imagino que haja a dimensão de espaço no Todo Eterno. Nesses momentos sugiro que ambos são estados da alma no momento da passagem que chamamos morte, a quem São Francisco refere-se carinhosamente como irmã morte.
Ora se céu e inferno diferem-se na dimensão da alma e cada um escolhe seu paraíso pessoal se devemos construir na Terra nosso paraíso, porque buscamos tanto e tão desesperadamente coisas que nos dê a sensação de estarmos no paraíso e que na verdade são externas ao nosso ser... Pagamos um preço, muitas vezes alto emocionalmente e psicologicamente, para ter... E tentamos numa alquimia bizarra transmutar o ter num ser artificial e patético. Construímos corpos perfeitos, casas perfeitas, vivemos em lugares de sonhos e nosso eu interior acaba massacrado pelo peso da farsa que representamos para sermos aceitos numa sociedade que nos cobra o que nem sempre temos para dar e ressacha tantos outros valores que abundamos e por ficarem tão comprimidos em algum lugar de nossa alma acabam murchando e virando pó. Qual o lugar, na sociedade contemporâneo para família, amizade (sem interesses), humildade, castidade...
A vida tornou-se uma questão de escolha: Ou buscamos o paraíso terreno que só é possível seguindo os modos de vida atual e abrindo mão de todos os valores ou vivendo um personagem que concorda e aceita tudo o que vê ou guardando os valores e vivendo num inferno de insatisfação, inadequação, preconceito, etc., o que talvez nos dê a graça do paraíso celestial.
Uma vez assisti a um filme que me deu a dimensão perfeita de como vemos o paraíso na Terra. Surge no meio do deserto uma espécie de quadro vivo, como se fosse uma fenda numa dimensão qualquer, onde uma família vive tranqüilamente e em total harmonia numa casa de campo. Há pomares, jardins... No entanto esse “paraíso” está envolto por uma espécie de campo de força, intransponível. Logo chegam os militares para descobrir o que acontece naquele lugar. O interessante é que as pessoas de fora podem vê-los, mas os que vivem nessa “redoma” estão alheios ao que se passa lá fora. Num certo momento, um dos militares consegue, por um instante transpor o campo de força com uma das mãos, então descobrem que há um intervalo de tempo em que o campo de força pode ser transposto. Então passa a jogar, por uma maquina de bolas de golfe, cubos de gelo continuamente, até que a certa altura conseguem ultrapassar o campo e chegar ao que eles chamavam paraíso. O que eles descobrem é que uma vez lá destro aquelas pessoas que parecem dóceis e amáveis, convertem-se em feras terríveis e devoram aqueles que adentram seu paraíso...
Embora se propusesse um filme de terror, achei de uma filosofia social incrível.
Quantas vezes nos pegamos sonhando com um mundo, por exemplo, de glamour, dinheiro, posses como aquele que vemos na TV e pensamos, porque não posso ter tudo isso? Mas será que estaríamos preparados para abrir mão de tudo o que construímos como verdade e valores para estar naquele lugar? Ou seríamos devorados por aquele estilo de vida... Outros dirão que é possível viver com valores num mundo desse e que estou sendo preconceituosa e generalista, ora foi apenas um exemplo... Mas Jesus disse: “É mais fácil um camelo entrar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino dos Céus”, ou “Se quer seguir-me distribua seus bens aos pobres e segue-me...” E então? Jesus também é preconceituoso...

terça-feira, 23 de maio de 2006

Os 42 passos


Escrevi esse texto ano passado quando meu esposo estava em Brasília... E faltavam 42 dias para ele voltar para casa.

OS 42 PASSOS
Gosto de contar meus passos. Quantos passos dou para chegar da cozinha até à sala? Quantos são necessários para subir os degraus da escada? E para chegar ao outro lado da rua? Quantos passos cabem na quadrinha de uma calçada? No dia do meu casamento um amigo leu um texto intitulado “Os mil passos...” Os mil passos que dei na vida até chegar àquele momento ou outros mil que faltam passar e que me parecem muitas vezes mais de mil.. E outra vezes menos de cem... Passados ou a passar.
Hoje sozinha a 42 passos para que minha vida volte ao normal.... Cada passo-dia sendo uma escolha que pode ou não mudar o rumo de cada outro passo a ser dado... Desses 42 dois, quantos deles serão passos em falso? Quantos passos errados? Quantos passos não dados? Passo... Passado... Cada passo dado não pode ser recuperado por mais que voltemos na mesma direção. Conto meus passos como quem conta a historia de sua vida em bons e maus passos dados. Como uma história que a outros passo e assim deixando de ser passado... A cada passo passa o tempo que reduz os passos 41, 40, 39... E os espaços, como num compasso ritmado por cada minuto que passa até não restar mais nenhum passo. E então como uma outra calçada, um outro espaço a ser passado, numa contagem agora progressiva outros novos passos que se perdem no infinito do espaço da estrada da vida pela qual passo.

Angra, 18 de junho de 2005.

O início



Penso que todo início é meio complicado, bate aquela ansiedade, aquele medinho... Pelo menos comigo é assim. Talvez pela mania de perfeição rsrsrs...
Bom, entâo dpois de mt tempo de ensaio (comecei com um blog para o grupo de teatro), resolvi tornar público alguns dos meus pensamentos nesse blog que tem o mesmo nome de um livro que talvez algum dia venha a escrever... Por enquanto a quem interessar possa trago a publico alguns " Fragmentos de mim"... Ah! Essa aí sou eu, fazendo palhaçada como sempre rsrsrs...